Para o humanize, a Amazônia está entre os biomas prioritários, enquanto Pará e Amazonas estão no foco quando se trata de território. Como a floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, ela tem grande protagonismo em iniciativas que defendem a floresta em pé – o que coincide com o que buscamos por meio de nosso portfólio, que relaciona desenvolvimento sustentável e geração de renda.
Região com maior biodiversidade do planeta e espaço marcado por diversos recursos hídricos, a Amazônia é fundamental na manutenção de serviços ecossistêmicos (por exemplo, conservação da biodiversidade e garantia da qualidade do solo). No entanto, os recursos financeiros destinados à floresta são insuficientes para lidar com a quantidade de desafios, além de que a maior parcela não é direcionada para fomentar um desenvolvimento mais sustentável, pautado por uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, a Amazônia precisa de diferentes aliados. Filantropia, setor privado, agências multilaterais e governo precisam alinhar a implementação de soluções que possibilitem ganho de escala e geração de impacto.
É por isso que o humanize apoia diversas iniciativas que ganham vida na floresta e ao redor dela. No ciclo 2019-2021, por exemplo, foram cerca de 40 projetos apoiados neste importante bioma, especialmente no estado do Pará. No mesmo período, a Amazônia também foi responsável por potencializar ainda mais a nossa forma de atuar em colaboração – o que gerou um alto número de projetos que foram apoiados por meio de parcerias. Entre os bons exemplos estão as iniciativas Parceiros pela Amazônia (PPA), a Aliança da Pesca e a Parceria Estratégica Cadeias de Valor – Pará e Bahia.
Em 2021, os desafios continuam grandes e não podem ser endereçados por uma única instituição, nem mesmo por um único setor. Questões como desmatamento, queimadas, uso do solo, mapeamento (político, econômico e de segurança), políticas públicas, mudança do clima, infraestrutura, educação e saúde são exemplos de obstáculos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por exemplo, 2020 foi o segundo pior ano de desmatamento na Amazônia Legal desde 2015. Foram mais de 8 mil km² de terras desmatadas neste período. Possíveis soluções perdem força porque boa parte do que é investido no território não é direcionado para impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.
Para contribuir com saídas possíveis, o humanize acredita que o capital filantrópico é fundamental na Amazônia, já que está disposto a assumir mais riscos do que o setor privado e investe em uma agenda inovadora, experimental e disruptiva. Há o reconhecimento de que a riqueza da biodiversidade brasileira é um diferencial, mas que isso só será revertido de maneira positiva se ocorrerem ações que envolvam questões como o investimento em ciência e o respeito aos saberes locais. Isso também se faz articulando com os governos, colaborando com o desenvolvimento das organizações da sociedade civil, explorando de forma sustentável o potencial das cadeias da sociobiodiversidade, e incentivando empreendedorismo e negócios de impacto socioambiental.
O humanize colabora com uma grande rede de parceiros a fim de pensar e executar soluções que colocam em foco o presente e o futuro da Amazônia. A ideia é promover respostas inovadoras que estimulem o desenvolvimento sustentável, aumentando o impacto das ações que já vem sendo implementadas e considerando outras alternativas. Entre as iniciativas que já apoiamos no bioma estão aceleração de negócios, bolsas de estudo, formação de gestores, engajamento dos Estados, licenciamento ambiental, incentivo à bioeconomia e investimento em negócios de impacto.
Para auxiliar na identificação e construção, a partir de um processo colaborativo e articulado, de caminhos e estratégias que ampliem a atuação da filantropia na região da Amazônia Legal, o humanize foi um dos apoiadores do Estudo ISP Pela Amazônia. Implementado pelo GIFE, o projeto nasceu a fim de realizar um estudo a respeito do Investimento Social Privado nos temas relacionados ao desenvolvimento do território e a conservação socioambiental do bioma — como saúde, educação, inclusão produtiva, gestão pública, meio ambiente e direitos dos povos tradicionais.
Outro caso inspirador do nosso portfólio é a Concertação pela Amazônia. A iniciativa busca o diálogo com todos os setores da sociedade para institucionalizar no Brasil um debate plural e democrático voltado para o desenvolvimento sustentável da região amazônica. Para isso, reúne atores relevantes, incluindo lideranças indígenas, antropólogos, empresários, economistas e jornalistas. Há uma rede de mais de 100 lideranças que são engajadas no tema e que buscam desenvolver uma visão comum sobre o que pode ser feito para a região.
Roberto Waack, presidente do conselho do Instituto Arapyaú, reforça que o principal objetivo da Concertação é fazer uma conexão entre as diferentes iniciativas e visões sobre a Amazônia. “A finalidade é ampliar a discussão sobre os possíveis modelos de desenvolvimento da região. É um movimento dinâmico, em permanente construção”, afirma, completando que a Amazônia é essencial para a forma que o mundo e os próprios brasileiros enxergam o país.
Roberto Waack, Presidente do conselho do Instituto ArapyaúA Amazônia pode inserir o Brasil na agenda contemporânea do mundo. A Concertação quer colaborar com a inserção da Amazônia no dia a dia de todos os brasileiros, que podem ter orgulho de contar com esse patrimônio único.
A partir de uma parceria formada por Instituto Arapyaú, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Climate Land and Use Alliance (CLUA) e Instituto humanize, a concertação promove a construção de uma base de conhecimento ampla sobre a Amazônia, fundamentada nas várias iniciativas em curso. A deia é estabelecer relacionamento entre elas, aumentando sinergias e potencializando o impacto gerado.
O humanize também apoia o projeto Amazônia 4.0, assinado pelo cientista Carlos Nobre e implementado pelo Imazon. O projeto prevê a implementação do Laboratório Criativo da Amazônia: Cupuaçu-Cacau e tem o objetivo de promover a valorização das cadeias produtivas não-madeireiras da biodiversidade amazônica. A ideia é provocar esse movimento por meio da capacitação de pessoas para uma nova e inclusiva bioeconomia de floresta em pé, viabilizada, sobretudo, pelo emprego inovador de recursos tecnológicos da 4ª Revolução Industrial.
Em nosso portfólio de projetos relacionados ao bioma também se destacam aqueles de fomento às cadeias do Cacau e Pesca, e ao ambiente empreendedor amazônida. Clique nos links para explorar e se aprofundar nestes casos.