O programa Empreendedorismo e Negócios de Impacto Socioambiental (NISA) estimula um ambiente mais favorável para os negócios de impacto socioambiental no Brasil, com destaque para iniciativas que trabalham com negócios inclusivos estruturados a partir de cadeias produtivas da sociobiodiversidade.
Por meio da educação empreendedora, geração e disseminação de conhecimento, contribuímos para o desenvolvimento de empreendedorismo inclusivo, a valorização de saberes ancestrais e a economia da floresta em pé.
Além do foco na formação do indivíduo e suas potencialidades, o programa também direciona esforços para fomentar o ecossistema de negócios, mapeando oportunidades para uma jornada de transformação sistêmica. Existem alguns obstáculos que dificultam que negócios de impacto socioambiental ganhem escala, como: dificuldade de conectar modelo de negócio e desenvolvimento sustentável; falta de apoio e informação sobre o ciclo do negócio; ambiente empreendedor com pouca abertura para negócios sustentáveis; ausência de políticas públicas que incentivem, de forma adequada, iniciativas que abordam cadeias da sociobiodiversidade; baixo volume de aceleradoras e incubadoras inovadoras e focadas nos empreendedores de impacto; dificuldade em encontrar intermediários que auxiliem em questões de capacitação focada em empreendedorismo; e alta complexidade quando se fala de acesso aos financiamentos tradicionais.
Trabalhar em parceria está no DNA do humanize e é inevitável para promover escala na área de Empreendedorismo e NISA. Atuar de forma colaborativa potencializa recursos e competências, maximiza o impacto e o ganho de escala das iniciativas apoiadas, e propicia o compartilhamento de conhecimento entre as organizações e pessoas envolvidas.
Nesse sentido, consolidar parcerias duradouras é parte do nosso modelo de realizar investimento filantrópico estratégico. Essa valorosa engenharia alonga os braços dos envolvidos, fazendo com que superem desafios que não poderiam enfrentar sozinhos.
Acreditamos, e cada vez mais, que a filantropia estratégica é a resposta para gerar a transformação que almejamos tanto no programa, quanto em diversos temas no Brasil e no mundo. Parcerias abrem caminho para que outros capitais, advindos de agências multilaterais e dos setores público e privado, possam se juntar e completar esse ecossistema.
É com essa crença que este programa do humanize alcançou mais de 60% de seu investimento realizado por meio de parcerias. No triênio 2019-2021, Empreendedorismo e NISA marcou seu portfólio com 32 projetos – que endereçaram diferentes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre diversas manifestações, os destaques foram os objetivos 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), 15 (Vida Terrestre) e 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável).
Ainda falando sobre o ciclo de trabalho nos últimos três anos, o programa alcançou números relevantes por meio de suas conexões em rede. Por exemplo, cerca de 110 negócios comunitários apoiados para acessar mercados e em torno de 730 extrativistas e agricultores familiares capacitados em educação financeira e empreendedorismo. Também se destacaram os cerca de 70 negócios de impacto socioambiental inclusivos fomentados e os 230 produtores e extrativistas com acesso ao crédito, além de mais de 15 negócios investidos com capital semente nas cadeias da sociobiodiversidade, mais de 10 mecanismos financeiros inovadores fomentados e cerca de 30 organizações intermediárias apoiadas.
As iniciativas apoiadas se dividiram especialmente nos estados de Amazonas, Pará, Bahia e Rio de Janeiro. Esses apoios foram evidenciados a partir das cadeias da sociobiodiversidade, fomentando organizações intermediárias, responsáveis pela incubação e aceleração dos negócios de impacto.
Nesse cenário, hoje os programas de Sustentabilidade (Uso Sustentável, Empreendedorismo e Negócios de Impacto Socioambiental) reúnem nove parcerias ativas, que são estruturadas com entidades de referência no país.
Promover o desenvolvimento econômico sustentável, mantendo o cerrado em pé e valorizando a cultura das comunidades locais.
Parceiros: Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), Fundação Grupo Boticário, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Instituto Nova Era.
Promover impacto socioambiental urbano e rural por meio da inclusão produtiva de pessoas em vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho, da geração de renda, do empreendedorismo e do fortalecimento do ambiente de NISA. O objetivo é favorecer pequenos produtores ou oportunidades de emprego e renda para pessoas vulneráveis.
Parceiros: Fundação Arymax e Fundação Tide Setubal.
A aliança objetiva contribuir com soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável, conservação da biodiversidade, florestas e dos recursos naturais da Amazônia por meio do fomento ao ecossistema de empreendedorismo de impacto na região.
Parceiros: Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Fundo Vale.
Elaborar um programa para estruturar a cadeia em territórios estratégicos, com olhar sistêmico para o ecossistema da pesca, pensando questões ligadas à conservação e uso sustentável, bem como acesso ao mercado.
Parceiro: Oak Foundation.
Contribuir para o desenvolvimento sustentável de baixo carbono, inclusivo e de longo prazo da Amazônia, com o objetivo de desenvolver visão comum sobre o que pode ser feito para a região; promover maior coordenação entre instituições financiadoras e implementadoras; e definir ação conjunta que fomente o desenvolvimento sustentável.
Parceiros: Climate and Land Use Alliance (CLUA), Instituto Clima e Sociedade (iCS), Open Society Foundations e Instituto Arapyaú.
Fomentar o empreendedorismo de impacto socioambiental por meio de soluções baseadas na natureza e promover a conservação.
Parceiro: Fundação Grupo Boticário.
Promover o desenvolvimento sustentável do sul da Bahia e influenciar políticas públicas para a região, por meio do desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do cacau.
Parceiro: Instituto Arapyaú.
Fortalecer a cultura caiçara, quilombola e indígena (PCTs) e os arranjos produtivos locais nos territórios tradicionais, por meio do turismo, da pesca e da agricultura familiar — priorizando os jovens e as mulheres.
Parceiros: Casa da Cultura de Paraty, Fazenda Bananal, Comunitas e lideranças locais.