O programa Uso Sustentável tem atuação plural em territórios e comunidades do Brasil, conduzindo um trabalho que busca promover a estruturação de cadeias produtivas da sociobiodiversidade. Para isso, estimula técnicas sustentáveis e investe em ações como a formação de produtores rurais e pescadores artesanais — o que reflete no desenvolvimento de capacidades locais relacionadas às cadeias e amplia o acesso ao mercado, contribuindo com a comercialização justa e inclusiva.
Para colaborar com o processo de diminuição de lacunas sociais, este programa do humanize acredita na transformação de realidades e durante o ciclo 2019-2021 sinaliza como prioridades estratégicas o fomento a projetos de desenvolvimento sustentável e geração de renda — por meio das cadeias de pesca, cacau, mel e do tema de sementes.
As iniciativas apoiadas estão, principalmente, nos biomas Amazônia (Pará e Amazonas), na Mata Atlântica (sul da Bahia e Rio de Janeiro) e Cerrado (Goiás, Minas Gerais e Bahia).
Parceria é uma palavra que diz muito sobre o humanize e a relevância do seu significado está presente de forma muito contundente em nossa trajetória; permeia todas as nossas ações e conexões.
No programa Uso Sustentável, por exemplo, o trabalho em rede potencializa recursos e competências, ganhando escala para projetos de transformação social que se conectam às cadeias produtivas do cacau, mel, pesca e tema de sementes. Entre 2019 e 2021, essa área do humanize trabalhou com 34 projetos ao todo e realizou mais de 80% de seus investimentos por meio de parceria.
Como consequência, no mesmo período, Uso Sustentável alcançou resultados que contribuíram com transformações efetivas. Por exemplo, cerca de: 900 produtores capacitados em boas práticas e/ou com assistência técnica; 550 pessoas capacitadas em atividades da cadeia da restauração; 300 pescadores capacitados em boas práticas e acesso ao mercado; 280 pescadores capacitados em educação financeira; 200 pequenos produtores de mel e/ou extrativistas beneficiados por capacitação em boas práticas e/ou assistência técnica para aumento de qualidade e produtividade; 80 novos coletores de semente integrados; e 46% de aumento de renda de produtores de cacau atendidos pelas iniciativas apoiadas.
Ainda considerando o triênio, o programa apoiou diversas iniciativas em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). E o portfólio continua se destacando nesse recorte, principalmente em relação aos objetivos 15 (Vida Terrestre), 1 (Erradicação da Pobreza), 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e 14 (Vida na Água) — o que coincide com o propósito do humanize e os esforços do programa.
Evidenciando um trabalho que colabora com transformação de territórios e pessoas a partir das cadeias produtivas, o último triênio gerou dados interessantes para o humanize, bem como para seus parceiros e alianças. Por exemplo, foram mais de 600 pescadores capacitados em boas práticas e acesso ao mercado e mais de 1800 produtores de cacau capacitados em boas práticas e/ou no recorte de assistência técnica.
Hoje, os programas de Sustentabilidade (Uso Sustentável, Empreendedorismo e Negócios de Impacto Socioambiental) reúnem nove parcerias ativas com entidades de referência no país, que dão vida a um portfólio consistente de projetos:
Promover o desenvolvimento econômico sustentável, mantendo o cerrado em pé e valorizando a cultura das comunidades locais.
Parceiros: Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), Fundação Grupo Boticário, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Instituto Nova Era.
Promover impacto socioambiental urbano e rural por meio da inclusão produtiva de pessoas em vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho, da geração de renda, do empreendedorismo e do fortalecimento do ambiente de NISA. O objetivo é favorecer pequenos produtores ou oportunidades de emprego e renda para pessoas vulneráveis.
Parceiros: Fundação Arymax e Fundação Tide Setubal.
A aliança objetiva contribuir com soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável, conservação da biodiversidade, florestas e dos recursos naturais da Amazônia por meio do fomento ao ecossistema de empreendedorismo de impacto na região.
Parceiros: Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Fundo Vale.
Elaborar um programa para estruturar a cadeia em territórios estratégicos, com olhar sistêmico para o ecossistema da pesca, pensando questões ligadas à conservação e uso sustentável, bem como acesso ao mercado.
Parceiro: Oak Foundation.
Contribuir para o desenvolvimento sustentável de baixo carbono, inclusivo e de longo prazo da Amazônia, com o objetivo de desenvolver visão comum sobre o que pode ser feito para a região; promover maior coordenação entre instituições financiadoras e implementadoras; e definir ação conjunta que fomente o desenvolvimento sustentável.
Parceiros: Climate and Land Use Alliance (CLUA), Instituto Clima e Sociedade (iCS), Open Society Foundations e Instituto Arapyaú.
Promover o desenvolvimento sustentável do sul da Bahia e influenciar políticas públicas para a região, por meio do desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do cacau.
Parceiro: Instituto Arapyaú.
Fortalecer a cultura caiçara, quilombola e indígena (PCTs) e os arranjos produtivos locais nos territórios tradicionais, por meio do turismo, da pesca e da agricultura familiar — priorizando os jovens e as mulheres.
Parceiros: Casa da Cultura de Paraty, Fazenda Bananal, Comunitas e lideranças locais.